quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

The King of Acoxambration!

Oculares de projeção servem para (dã) projetar uma imagem no sensor de uma câmera.
Algumas oculares têm essa capacidade, apesar de não possuírem a rosca para que sejam fixadas a uma câmera e não apresentem vazamentos de luz, nem desalinhamento com o eixo da imagem.

Tenho uma ocular planetária de 5mm. Normalmente, oculares Orto de 5mm exigem que você olhe através de um buraco de agulha para enxergar a imagem. Fora isso, a imagem se forma bem próximo a lente e por isso, tem-se que espremer a pupila na ocular.

As oculares planetárias permitem através de um jogo de lentes de grande qualidade, uma visão mais ampla e mais confortável, sem perder nitidez. Inclusive pode ocorrer um pouco de projeção da imagem.

Levando em consideração os parágrafos acima, tentei no passado empilhar lentes, adaptadores e câmera de modo a formar uma imagem, mas a mesma sempre ficava pequena. Pode-se afastar a ocular do sensor, isto aumenta a imagem, mas deixa a mesma cada vez mais escura para cada pequeno aumento.
Em novembro encontrei a combinação correta de peças e a humanidade deu um grande passo pro lado!

Seguem as imagens!

The acoxambration structure: Pentax K-X + anel adaptador Pentax + Ocular planetária mantidos juntos por braçadeira fotográfica, encaixado em distanciador improvisado (barlow sem lentes). Na base, focalizador low profile HC-1 e base de pvc improvisada a partir de luvas para canos de água. Fita adesiva preta para vedar contra vazamentos de luz e dar aquele toque de requinte e profissionalismo desleixado.



 Impressionante que algo tão artesanal funcione.
Incrível que a luz coletada pelo telescópio consiga passar pelas 8 lentes da ocular e ainda viajar dentro do corpo da câmera para ainda formar algo aproveitável no sensor.

Achar Jupiter no céu não é difícil (atualmente, o pontinho mais brilhante no alto do céu quando escurece). Depois que eu centralizo ele no telescópio usando uma ocular comum e meus olhos, tenho que substituir por essa tralha toda... pesada!
Então o telescópio verga e a imagem sai do lugar... muito bom...
Tenho que soltar aos poucos e ir compensando a tensão como se mirasse o telescópio mais pra cima.
Depois que equilibro esses pratos todos, ainda sobra a tarefa de focalizar o planeta do jeito mais delicado possível (pois envolve girar essa m3rd@ toda e eu já estou um pouco sem paciência).

Quem sabe tudo compensa no final, e uma foto como de baixo aparece!
Não só registrei a sombra de uma de suas luas no planeta, como registrei a Grande Mancha Vermelha (que é laranja e bem maior que a Terra)!

Jupiter em 06/11/2011 com sombra de uma das luas ao lado da grande mancha. Há ainda algo que parece uma sombra na direita ao norte do planeta. No canto direito superior da fotografia, uma das luas, em si. Provavelmente IO. Estou com preguiça de ver minhas anotações... mas vc pode simular no Celestia e descobrir! Na simulação que fiz, deveria aparecer somente uma sombra... o outro ponto escuro poderia ser o trânsito de outra lua. Se me corrigirem, ficarei feliz em saber.
Por hoje é só.....

2 comentários:

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