terça-feira, 20 de agosto de 2013

Starfail

Geralmente quando se fala de chuva de meteoros, as pessoas da cidade, debaixo dos postes de luz e da iluminação dos prédios e automóveis têm a esperança de ver o volume de meteoros geralmente alardeados pelos meios de comunicação.

Os valores de 20, 60, 100, etc.. meteoros por hora se aplicam a lugares distantes, bem escuros, onde nossas pupilas podem dilatar ao máximo e captar os tênues e breves brilhos de luz (gerados por pedrinhas com tamanhos próximos à petit-pois espaciais em sua maioria).

Do meio da cidade, com um pouco de sorte, poderíamos ver um ou outro ao longo de todo um período de observação.

As fotos abaixo são o resultado de duas tentativas falhas de registrar a presença de algum deles no céu entre 4 e 5 da matina.

A primeira tentativa 24/04/2013 consistiu de 51 fotos de 25s de exposição cada (ISO desconhecido [esqueci]), resultando em uns 20min de registro bastante interessante.
Na segunda, 13/08/2013 foram 78 fotos de 25s de exposição, ISO 400 e registraram um improvável céu “vazio”.

Ambas foram tratadas para melhorar o contraste e empilhadas no soft Startrail. Quando a câmera fica parada e várias longas exposições são juntadas em uma única foto, as estrelas viram riscos ao longo do seu movimento no céu. Cada foto registra um pequeno movimento. A soma das fotos gera uma linha. Em outras palavras, na primeira tentativa, vemos registrado o movimento do céu (por causa da rotação da Terra) em 20min.

Perseidas em 13/08 – Total de meteoros: zero.  Total de coisas voando na foto... nenhum.... Pra falar a verdade, apareceu um satélite artificial em três dos frames... mas tão apagado que nem deu o ar da graça na montagem final.


Lirídeas em 24/04 – Total de meteoros: zero. Total de paradas orbitando: três. Um satélite passando na vertical (linha reta) no meio da foto e outro passando na diagonal, do lado direito inferior em direção ao lado esquerdo superior. Provavelmente estava girando porque deixou três “risquinhos” na foto - onde o mesmo virou e refletiu a luz do sol que estava nascendo. O terceiro não apareceu na montagem, mas está no filme.

Põe a pipoca para estourar!



Na minha lista de coisas a serem fotografadas, ainda falta um cometa e um meteoro.
Espero ver um cometa até o fim do ano.
Aguardem mais fotos!
Ou não...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Ocultação de Júpiter pela Lua no Natal passado

Este post já nasceu com a validade vencida... mas não foi culpa minha, a culpa foi da inércia e da preguiça.
Na noite de Natal, voltando da casa de meus pais, mostrei a Lua para a minha cria (que adora ver a Lua... por que será?). Notei que Júpiter ia ser atropelado e corri para montar o equipamento.

Apesar de estar desatendo às notícias que previram o evento, ainda estou no auge da minha habilidade de preparar o bacalhau e prontamente fotografei o evento com três configurações diferentes:

Início do evento, método afocal.

Momentos depois, através de projeção de ocular de 10mm.

Auge do evento em projeção por ocular planetária de 5mm. Imagem invertida para  maior dramaticidade.

Na última imagem, eu não esperava que uma porção da lua ainda estivesse com sombra (tolinho).
Fiquei impressionado com o brilho de Júpiter, que permitiu que detalhes das nuvens (faixas equatoriais) aparecessem na foto, apesar do brilho absurdo da lua (tempo de exposição curtíssimo).
Impressiona também o tamanho do planeta... mesmo MUITO distante, tem tamanho considerável quando comparado com a Lua "aqui do lado".
Mais bonito que a foto, foi ver tudo ao vivo.
Até o próximo post, em 2014 ou depois...