sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Motor de Relógio – O Abismo

E se o centro de rotação do telescópio se alinhasse com o centro de rotação do céu e o telescópio se movesse na mesma velocidade que as estrelas?


O resultado: imagens ótimas! As fotos ficam muito mais nítidas.



Agora é possível fazer longas exposições. É possível filmar um planeta por vários minutos, quebrar o filme em cada um dos frames, separar os frames ruins e fazer a média dos frames bons, eliminando assim a distorção atmosférica, ruído eletrônico da câmera e realçando detalhes sutis. Tudo isso semi-automaticamente utilizando um software livre – o Registax.

Nebulosa Borboleta (apenas as estrelas)
NGC6231c sco
Jupiter e dois satélites
Saturno (note a sombra do anel no planeta e algumas faixas equatoriais)
Empilhamento de 6 fotos da Lua para mostrar as cores reais da mesma

O método abaixo, utilizando as lentes da câmera e as oculares se chama “afocal”.

 
Agora sim não há limites!
Não preciso de mais nada!
NOT!

Uma câmera portátil não costuma ser configurável o suficiente para fazer longas exposições. Fora isso, quanto mais vidro na frente da câmera, mais distorções e menos luz.
Para captar o espaço profundo, é necessário atingir foco primário com uma DSLR.

2 comentários:

  1. O DBB comentou que o abrir do espelho da câmera reflex faz a foto sair tremida. Você não viu esse problema quando usou a reflex?

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  2. É verdade. Minha câmera tem um recurso pra quando ela está num tripé, que serve pra esse caso. Apóes ser acionada pelo controle remoto, ela vira o espelho e espera 3s pra começar a capturar as imagens. O que os astrônomos costumar fazer é colocar um chapéu na frente do tele, acionar a câmera, esperar uns segundos até tudo parar de chacoalhar e aí tirar o chapéu. Depois do tempo de exposiçãom eles colocam o chapéu de novo e aí desativam a máquina. Imagina isso pra cada foto...

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