terça-feira, 7 de setembro de 2010

La búsqueda de satélites artificiales

Com apenas uma noção básica de como se localizar, é possível observar a passagem de satélites artificiais, estações espaciais ou de um dos ônibus espaciais quando eles encontram-se em missão.
Essas visualizações não precisam de instrumentos e tem hora marcada para ocorrer. É bem interessante quando uma "estrela" aparece no céu no horário previsto e se desloca de uma maneira previsível.

Devo admitir, porém, que a maioria dos meus encontros com esse tipo de evento ocorreu de modo mais inesperado do que proposital. De um modo geral, quem observa o céu vê mais meteoros e satélites do que o transeunte desavisado passeando pela cidade.

Por exemplo, na foto abaixo, eu estava fazendo uma longa exposição de Órion quando um meteoro "estragou" minha foto.
O meteoro deixou um risco na imagem.
Já na imagem abaixo, eu esperava pela passagem da Estação Espacial Internacional (ISS). De longe o maior (e bastante brilhante) pedaço de metal flutuando no espaço da Terra. Se tivesse feito uma exposição maior, teria registrado um "risco" ao longo de quase todo céu.
Incrível como a gente não repara nisso todo dia... ISS no céu do RJ.
Fotograma isolado da ISS. A forma só aparece se você perseguir ela com o telescópio. Nessa imagem borrada, pode-se notar os dois grupos de painéis solares da estação.

ISS interceptada pelo meu telescópio.

Tipicamente, esses objetos parecem estrelas de magnitudes diferentes voando muito alto e mais rápido que um avião, porém mais lentamente que um meteoro. Ocorrem num momento em que o Sol está abaixo do horizonte (ao nascer e ao se pôr) e num ângulo tal que a luz do Sol que bate nele, é refletida até nossos olhos.

Portanto, para que seja possível prever um evento desses, temos que saber nossa localização no mapa, sincronizar o relógio com a hora certa, saber nosso fuso horário e para onde olhar (em termos genéricos, não é preciso ser exato).

Vá ao site Heavens Above e selecione no mapa de onde você estará olhando e o fuso horário.
Depois escolha o alvo da sua observação. Recomendo a ISS ou o HST(Hubble) ou um Iridium Flare. A Iridium planejava estabelecer um telefone mundial, que pegassem em qualquer lugar do globo, inclusive na ilha de Lost. Para isso, entulhou o espaço com mais de 100 satélites. O projeto foi um FAIL sideral. Cada um desses satélites têm 3 antenas lisas, parecendo portas de metal. Num ângulo e momento certo, elas brilham muito por um breve momento.

Em cada uma das páginas de informação haverão 3 informações básicas para cada umas das etapas do evento (início, ápice ou altura máxima e fim):
Magnitude: A intensidade do brilho, quanto mais negativo, mais brilhante, quanto mais positivo, menos brilhante e mais invisível a olho nú. Procurem eventos com pelo menos magnitude menor que +1.
Hora: Autoexplicativo
Latitude (Alt.): Imaginando que o horizonte fica numa latitude = 0º e o "ponto mais alto do céu" a 90º, essa medida indica o quanto você tem que inclinar a cabeça para trás. Se tiver um transferidor escolar ajuda um pouco, mas como falado, basta ter uma noção de onde, já que o ponto de luz vai chamar sua atenção.
Azimute (Az.): Indica para que lado você deve ficar de frente. Pode ser dado em Norte, Sul, etc.. ou em graus, sendo o Norte 0º, Leste 90º, Sul 180º e Oeste 270º, podendo ter valores entre estes grandes números, mas novamente, não é preciso tanta exatidão.

Ultimo comentário:
Em novembro está progamado um vôo do ônibus espacial, ultima chance de vê-los voando já que eles vão ser desativados. Esbarrei com um deles quando ele estava se separando da Estação espacial e foi bastante interessante.
ISS seguido do ônibus espacial Atlantis em processo de retorno à Terra. Fotografia feita à mão em pequena exposição.
Notícia no site da Nasa no dia (24/05/2010).

Boa caça!

4 comentários:

  1. Prezado astronomo de apartamento,
    Minha cadela laika ficou muito empolgada com as fotos. Ela me pediu para perguntar : vc acha que eles aceitam animais nos onibus espaciais ?
    Atenciosamente ,
    caroIrina Khrushchev

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  2. Querida CaroIrina Khrushchev (é assim que se pronuncia?,
    Eles permitiam cachorros na estação até há pouco tempo, mas ele costumavam morrer quando eram levados para fazer xixi do lado de fora.
    Conversando com o diretor de lançamento da NASA, Dr. Arnold Stravinky, ele recomendou que colocasse sua cachorra numa aula de patinação no gelo. Para todos os efeitos, a sensação seria a mesma.
    Espero ter ajudado.
    O Astrônomo de Apartamento

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  3. Ahhh raios ! Isso faz s'ntido.
    Outro dia estava no meio da rua, com a mao direita onde nasce o sol, a esquerda sem saber muito bem para onde apontar, pq já que o sol está nascendo, ele nao esta se pondo ,quando olhei e vi um corpo celeste numa orbita que ia de venus a marte. Pelo que pude ver a olho nu, era um cachorro. Concorda, discorda ou muito pelo contrário?

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  4. Se tivesse que responder dentro dessas opções, eu diria que no mínimo é estranho.
    Os cachorros morriam, mas como eram levados em coleiras, nós trazíamos eles de volta.
    Consultando a Nasa, o engenheiro chefe de missões aleatórias, o Dr. William T. Poindexter, esclareceu que poderia ser a Dona Zulmira, que foi levada ao espaço para dar um "jeitinho" na estação e se perdeu logo no primeiro dia ao abrir uma das janelas para "dar uma arejadinha"...
    Obrigado!

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